Na medicina, os avanços e modernizações estão em constante evolução para trazerem cada vez mais benefícios para o paciente. Diante disso, na área cirúrgica, uma técnica cada vez mais utilizada tem sido a videolaparoscopia, que consiste numa forma de cirurgia menos invasiva, com pequenos orifícios na parede abdominal do paciente. A Dra Carolina explica que, através desses pequenos furos, são introduzidas uma câmera e pinças específicas para a videolaparoscopia. Então, permite-se uma visualização do sítio cirúrgico com um grande aumento e em alta definição, trazendo segurança à técnica e sem que se abra a cavidade abdominal. Ou seja, o paciente passa por uma cirurgia sem grandes cicatrizes, menos dor e menor risco de infecção de parede abdominal. Além disso, um outro benefício desta técnica para o paciente está no tempo de recuperação. Como os cortes para a realização da cirurgia são muito menores, o paciente sente muito menos dor no período pós-operatório, tendo uma recuperação e uma cicatrização da área da cirurgia muito mais rápida, além de retornar mais rápido às suas atividades do dia-a-dia.
No início da adoção da videolaparoscopia, apenas pequenos procedimentos na região abdominal, principalmente em mulheres e na região pélvica, eram feitos, como ligadura das tubas uterinas, ou utilização da técnica videolaparoscópica para diagnóstico de alguma doença da qual o médico já suspeitava. Com o passar do tempo e com o avanço da medicina, diversos procedimentos da região abdominal passaram a ser feitos com tal técnica, como a cirurgia para retirada da vesícula, hérnias abdominais e cirurgias de apendicite, por exemplo.
A médica, cirurgiã geral e especialista em cirurgia videolaparoscópica, Dra. Carolina Ribeiro, explica que a cirurgia ocorre com o paciente sob anestesia geral e, depois disso, o cirurgião faz pequenas incisões na cavidade abdominal, onde são colocados os trocateres (tubos plásticos que variam de tamanho e calibre). Através desses trocateres, são introduzidas uma câmera de alta resolução na cavidade abdominal, permitindo a visualização do sítio cirúrgico, e as pinças laparoscópicas que serão manejadas pelo cirurgião para manipular os órgãos que serão operados.