No organismo humano, há diversos órgãos e estruturas importantíssimas para o funcionamento do corpo que não são tão conhecidos pela população em geral. Um desses órgãos é a vesícula biliar. Ela se localiza no lado direito do abdome, logo abaixo do fígado, e tem como função principal armazenar e transportar a bile produzida no fígado até o intestino. A bile é um líquido importante no processo digestivo, pois funciona como um detergente, quebrando as gorduras ingeridas na dieta em moléculas menores, para posteriormente serem digeridas e absorvidas.
Eventualmente, podem ocorrer pedras na vesícula, o que chamamos de colelitíase. Essas pedras, ou cálculos biliares, são formadas de maneira silenciosa ao longo dos anos. A médica cirurgiã geral, Dra. Carolina Ribeiro, explica que esses cálculos são formados pelos próprios componentes da bile, ou seja, colesterol, sais biliares e bilirrubina. Essa condição é recorrente e comum no país, e o tratamento para é cirúrgico. O procedimento objetiva retirar a vesícula biliar, juntamente com os cálculos, que podem ser superdanosos caso obstruam a saída de bile da vesícula, causando dores abdominais ou colecistite (inflamação da vesícula biliar), ou migrarem para o canal biliar principal, chamado colédoco, podendo causar obstrução com icterícia ou pancreatite.
A cirurgia é nomeada colecistectomia. O procedimento é realizado por via laparoscópica e consiste na retirada da vesícula. Nesse procedimento, o corte é um pouco maior e a recuperação é um pouco mais lenta. A cirurgia é relativamente simples e, em geral, o paciente necessita de no máximo um dia de internação.