As doenças do estômago mais comuns são a úlcera gástrica e a doença do refluxo. Felizmente, hoje, com o avanço da medicina e dos medicamentos, essas patologias podem ser, em sua maioria, tratadas clinicamente. Porém, em uma parcela pequena desses pacientes, a cirurgia é indicada.
Hoje, é possível fazer os procedimentos no estômago de forma minimamente invasiva, por videolaparoscopia. Dessa forma, as cirurgias gástricas podem ter recuperação muito mais acelerada e serem menos dolorosas para o paciente. Atualmente, as cirurgias do estômago mais executadas são as ligadas ao tratamento da obesidade, como a cirurgia bariátrica e a cirurgia metabólica. A médica cirurgiã geral, Dra. Carolina Ribeiro, recomenda que o paciente com interesse nesse tipo de cirurgia procure orientação médica, pois esses procedimentos não são indicados para qualquer caso. Diversos pré-requisitos têm que ser cumpridos para garantir a saúde e a segurança do paciente. Além das cirurgias para tratamento da obesidade, como a cirurgia bariátrica e metabólica, há também as cirurgias de câncer gástrico e cirurgia de refluxo gastroesofágico.
A cirurgia de câncer gástrico pode ser realizada para retirada do tumor, que pode consistir na retirada parcial ou total do próprio estômago, dependendo da localização do tumor no órgão. Essa decisão é tomada em conjunto com o oncologista. O tipo de cirurgia executada dependerá do estágio do câncer e das condições clínicas do paciente.
Além desses tipos de cirurgia do estômago, há ainda a cirurgia para tratamento do refluxo gastroesofágico, que é feita quando o paciente já tentou, sem sucesso, tratar o problema com mudanças alimentares e uso de medicação. A cirurgia é indicada após a individualização de cada caso e depende muito do grau de esofagite (inflamação do esôfago), da frequência do refluxo, bem como da sua intensidade, além do quanto essa condição incomoda o paciente. A Dra. Carolina Ribeiro, cirurgiã geral, explica que, na cirurgia, o foco é corrigir a hérnia de hiato (na passagem do esôfago para o estômago) que frequentemente é encontrada nesses pacientes e está fortemente relacionada ao refluxo gastro-esofágico, além de tentar confeccionar uma válvula com o estômago, ao redor do esôfago, para impedir um novo refluxo. O paciente que o acompanhamento, assim como seguir as orientações dietéticas e medicamentosas no pós-operatorio, são essenciais para o sucesso da cirurgia.